O Ebitda é um dos principais indicadores do desempenho empresarial e tem especial importância para as empresas que possuem ações negociadas na Bolsa de Valores. A sigla vem do inglês: Earning Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization e no Brasil ele é conhecido como Lajida, Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização.
De forma resumida, o Ebitda é o potencial de geração de caixa da empresa. Representa o lucro que a empresa teria não fossem as tributações envolvidas na atividade que exerce. Ele dá a visão bruta da atividade empresarial. Desconsidera, por exemplo, o lucro obtido com investimentos, ganho de ações judiciais e também as despesas com impostos e outras tributações.
O Ebitda considera apenas o quanto a produção daquela companhia gera de lucro e de despesa. O cálculo leva em conta lucro operacional líquido, depreciação e amortizações.
Importância do indicador
Um dos principais usos do Ebitda é para o mercado de ações. É por meio da divulgação desse indicador que os investidores têm uma noção mais exata da saúde financeira de uma companhia. Divulgar os dados permite que os traders façam uma análise mais objetiva para tomar uma decisão assertiva acerca da aquisição dos papeis daquela empresa.
Isso torna a competição no mercado de ações mais justa porque cada empresa tem tributações e investimentos diferenciados, principalmente quando estão em países diferentes. Divulgar somente o lucro final passa uma visão distorcida da real situação financeira.
Na prática, de modo geral, um progresso no Ebitda indica que é um bom momento para investir nas ações daquela companhia. Mas não é só esse indicador que determina a hora certa de apostar em uma empresa. Dados como lucro líquido, endividamento, lucro por ação e evolução do faturamento também devem ser analisados antes de se bater o martelo para a compra de determinados papeis.
Contabilidade empresarial e Ebitda
Qualquer empreendimento legalizado precisa ter seu lucro e seus gastos registrados de forma clara e objetiva, independentemente do porte ou do tipo de negócio. O registro da saúde financeira da empresa permite que o administrador tenha maior clareza dos próximos passos a serem dados e dos ajustes necessários para alinhá-los aos objetivos pretendidos.
Além disso, essas anotações são fundamentais para garantir que a compliance fiscal esteja em dia. Essas informações são fundamentais para a declaração do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ). Todo cuidado é pouco. Caso seja cometido algum deslize ou o preenchimento incompleto da documentação, o empresário pode ter problemas com o Fisco. As sanções que vão de multa ao fechamento do negócio.
Os dados de entrada de dinheiro que precisam estar devidamente registrados nos livros de contabilidade dos empreendimentos são receita bruta (soma de tudo que foi vendido pela empresa no ano), impostos relacionados às vendas (pagos ou a pagar) e receita líquida (receita bruta, menos impostos).
Entre as despesas, devem constar custo da mercadoria (produtos ou serviços vendidos), despesas operacionais fixas (salários, impostos, benefícios, seguros, contabilidade, propaganda e marketing etc.) e despesas operacionais variáveis ou despesas de vendas (contas de água e luz, comissão dos vendedores, transportes, fretes, brindes, manutenção de equipamentos etc.).
A lista de balanços precisa demonstrar resultado ou lucro operacional (receita líquida – custo da mercadoria – despesas operacionais fixas e variáveis), despesas e receitas diversas (juros, multas, rendimentos em aplicações etc.) e resultado líquido do exercício (o que a empresa ganhou ou perdeu no período).