Há 225 anos, um experimento realizado pelo médico britânico Edward Jenner resultou na primeira vacina do mundo e contribuiu para a erradicação da varíola. Jenner observou que as vacas tinham feridas semelhantes à varíola humana. E as pessoas que tinham contato com esses animais durante a ordenha não desenvolviam formas graves da doença. O professor e pesquisador do Instituto de Química da Universidade de Brasília Wender Silva detalha que o procedimento usado pelo pioneiro da vacinação no século XVIII foi a técnica de vírus atenuado.
A técnica de Edward Jenner foi batizada de “vaccination” em inglês, que traduzida significa vacinação. O nome foi escolhido a partir da palavra “vacca” em latim, pontapé inicial dos estudos. De lá pra cá, surgiram outras plataformas de desenvolvimento de imunizantes.
Na prática, a evolução da ciência foi acompanhada de uma campanha global de vacinação contra a varíola a partir de 1967 e, em 1980, a OMS, Organização Mundial da Saúde, declarou que o mundo estava livre da doença. Esse é o melhor exemplo de imunidade de rebanho de acordo com a professora da Universidade Federal de Minas Gerais Ana Maria Caetano de Faria. A imunologista reforça a importância do esforço coletivo também no desafio da pandemia atual: “A decisão de aderir a campanha de vacinação contra a covid-19 é importante para a pessoa, mas também para o controle da infecção no mundo”.
Uma estimativa da OMS aponta que as vacinas contra doenças como difteria, sarampo, coqueluche, poliomielite, rubéola e tétano evitam de duas a três milhões de mortes no mundo.
Fonte: Agência Brasil