O presidente do Haiti, Jovenel Moise, foi assassinado nesta quarta-feira em sua casa. O ataque foi feito foi um comando integrado por pessoas estrangeiras, informou o primeiro-ministro Claude Joseph.
A esposa dele, Martine Moise, também foi vítima do ataque e morreu algumas horas depois no hospital. O primeiro-ministro pediu calma à população e garantiu que a polícia e o Exército estão encarregados de manter a ordem no país.
De acordo com o jornal Miami Herald, os assassinos se passaram por agentes da agência antidrogas dos Estados Unidos, a DEA. Nos vídeos obtidos pelo veículo, é possível ouvir um homem com sotaque americano dizendo: “operação da DEA. Todos se afastem”. Fontes no governo haitiano disseram que se tratavam de mercenários sem vínculos com o órgão americano.
A morte do presidente Moïse, de 53 anos, acontece durante o momento de grave instabilidade política no país mais pobre das Américas. A oposição vinha exigindo desde o fim do ano passado a renúncia do presidente, com o argumento de que seu mandato deveria ter terminado em 7 de fevereiro, exatos cinco anos após o seu antecessor, Michel Martelly, deixar o cargo.
Para completar, recentemente, a violência no país atingiu “níveis sem precedentes”, segundo a ONU. Exemplo disso é que na semana passada, em um ataque coordenado, pelo menos 20 pessoas, entre elas importantes figuras da oposição, foram mortas na capital.
Além disso, até o momento o país não vacinou até agora nenhum de seus 11,26 milhões de habitantes contra a Covid-19.