Um asteroide de aproximadamente 13 metros de diâmetro passará próximo à Terra em maio do ano que vem. Segundo a Nasa, há um risco baixo dele atingir o planeta. Batizado de 2009 JFI, os cientistas informaram que há uma probabilidade de 0,026%, ou seja, de uma em 3.800, de causar problemas para o nosso planeta.
Segundo a escala de Turim, que mede os objetos próximos à Terra, a chance de isso acontecer é igual a zero. Além disso, a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), afirma que a chance de o asteroide sofrer um impacto com a Terra é de uma em 4.166. No ano passado, a ESA revelou que “o asteroide pequeno não havia sido observado desde a sua descoberta há 11 anos”, e é daí que vem a incerteza sobre o seu posicionamento.
Além disso, a Nasa explica que um asteroide deste porte queima ao entrar na atmosfera terreste. Se por acaso ele caísse inteiro no planeta, ele poderia causar uma explosão equivalente a 230 quilotons de dinamite – mais forte até mesmo do que as bombas que destruíram as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki. Para se ter ideia, a bomba Little Boy tinha um poder de destruição de 16 quilotons, enquanto a Fat Man possuía 20 quilotons. Aliás, a mais potente criada pela humanidade foi a russa Tsar, desenvolvida pela União Soviética. Com 58 megatons, ela foi testada pelos russos em 30 de outubro de 1961, em Nova Zembla, que é uma ilha no oceano Ártico. Vale lembrar que neste período o mundo ainda vivia os impactos da Guerra Fria. Como se pode observar, os efeitos de uma hipotética queda de um asteroide causaria um impacto bem maior que os citados.
Diante deste risco, ainda que pequeno, cientistas das agências espaciais do mundo estão desenvolvendo cada vez mais técnicas para proteger a Terra. A expectativa é que a Nasa lance em breve a sua missão DART, com o objetivo de observar o par de asteroides Didymos, que ficam próximos da Terra e causar uma colisão para reduzir o seu potencial destruidor.
Os cientistas querem entender como um asteroide pode prejudicar a vida das pessoas no planeta e evitar que isso aconteça. Para isso, eles querem saber se é possível fabricar uma colisão entre ambos os asteroides para alterar a orbita do pequeno objeto. A data marcada para a colisão, se tudo der certo, será no próximo dia 22 de setembro.