Entenda quais são os casos em que o medicamento é recomendado
A Força-Tarefa de Saúde Preventiva dos Estados Unidos (USPSTF), um grupo de especialistas em saúde preventiva dos Estados Unidos, recomendou que idosos que não sofrem de doença cardíaca, não devem tomar aspirina (ácido acetilsalicílico) todos os dias para prevenir um infarto ou Acidente Vascular Cerebral (AVC). De acordo com os pesquisadores, os malefícios desta prática são maiores que os benefícios preventivos.
Os especialistas afirmam que mesmo em pequenas doses, há risco do ácido acetilsalicílico (AAS) provocar sangramentos, no trato digestivo e cerebral, principalmente em pacientes acima dos 60 anos de idade. Mesmo em pacientes mais jovens, entre 40 a 59 anos, e de alto risco para eventos cardiovasculares, os benefícios dessa droga para prevenção primária são limitados.
“Portanto, a recomendação do uso do AAS, é para prevenção secundária, ou seja, para pacientes que já sofreram um infarto ou um AVC. Nestes casos o uso do medicamento pode ser benéfico, desde que não haja contraindicações” explica o médico cardiologista Doutor Roberto Yano.
“O medicamento também pode ser indicado para pacientes com aterosclerose importante, como em doenças carotídeas severas, outras doenças arteriais, além de pacientes que serão submetidos a intervenções cardíacas importantes, como implante de stent coronariano ou cirurgia de revascularização miocárdica”, constata o Doutor Roberto Yano.
Mesmo com a recomendação dada pelos especialistas estadunidenses, o cardiologista Doutor Roberto Yano alerta que não é recomendado interromper por conta própria o uso de aspirina. Cada caso deve ser avaliado com muito critério e individualmente. Antes de mudar o uso da medicação, é essencial buscar a ajuda de um especialista.