Os patamares elevados de juros e de endividamento das famílias desaceleraram a economia em 2022 e causaram uma retração de 0,2% no Produto Interno Bruto do 4º trimestre, segundo a Fundação Getúlio Vargas, na pesquisa Monitor do PIB/FGV.
A estimativa da FGV é que o resultado anual de 2022 apresentou crescimento de 2,9% na economia. A coordenadora da pesquisa, Juliana Trece, destaca que o setor de serviços contribuiu com mais de 80% para o desempenho da economia no ano passado.
A economista também avalia que apesar do bom resultado, há uma tendência de desaceleração da economia, que reduzem as expectativas para o desempenho de 2023.
O consumo das famílias brasileiras alcançou o maior valor desde o início da série histórica e teve uma alta de 4% em 2022. Apesar disso, o consumo de bens duráveis, como veículos e eletrodomésticos de grande porte, registrou queda.
A produtividade na economia, que está em uma trajetória de queda desde 2014, chegou em 2022 a um dos menores valores da série histórica, abaixo do ano de 2008.