Ao ser ouvido pelos senadores, na Comissão de Assuntos Econômicos, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto,defendeu a autonomia do BC e a atual taxa de juros, que desde agosto do ano passado está em 13,75%. Ele disse assim: quanto mais autonomia, menos inflação e menos volatilidade, ou seja menos oscilações.
Ele ainda deu como exemplo o período eleitoral, do aumento dos juros na época da eleição aqui do Brasil, falando justamente da autonomia do BC e da necessidade de se separar o ciclo político da instabilidade econômica. E que se não tivesse feito isso, segundo ele, a inflação teria sido de 10% e a taxa de juros hoje teria de ser 18,75%. Aliás, Campos Neto ainda falou que desde novembro, a autoridade monetária não viu uma melhora na expectativa de inflação. E que o combate à inflação é instrumento social. Que a ideia é convergir para a meta com o mínimo de custo social, mas foi claro:
Campos Neto foi chamado para falar à Comissão de Assuntos Econômicos depois das diversas críticas do presidente Lula sobre a Selic e política de juros. A mais recente delas, durante a viagem a Portugal, na segunda-feira. Disse que esse percentual atual prejudica o estímulo ao crédito e o crescimento do país. A próxima reunião do Copom será nos dias 2 e 3 de maio.