Desde o último sábado (2), agentes do Corpo de Bombeiros da Bahia, junto com brigadistas do Prevfogo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Instituto Chico Mendes (ICMBio) e brigadistas voluntários vêm combatendo incêndios que se estendem nas áreas de Mata Atlântica entre Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália, no extremo sul baiano.
Estas novas queimadas já destruíram pelo menos 15 milhões de metros quadrados de mata, o que equivale a 1,5 mil campos de futebol.
A Área de Proteção Ambiental Santo Antônio, que possui remanescentes da Mata Atlântica e fica entre Santa Cruz Cabrália e a cidade de Belmonte, é a que mais sofre as consequências do fogo, com a morte de centenas de espécimes de animais e da flora.
O Cacique Zeca Pataxó, da Aldeia Coroa Vermelha e Coordenador Estadual do Movimento Indígena da Bahia (Miba), está no local acompanhando o trabalho dos brigadistas e deu seu relato pelas redes sociais. Ao todo, oito comunidades indígenas foram atingidas pelas queimadas, segundo o movimento.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, além do sul do estado, a operação de combate aos incêndios florestais se estende às regiões norte, sudeste e à Chapada Diamantina. São mais de 90 cidades baianas com registros de queimadas durante este ano.
Em todo o estado da Bahia, segundo o Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, foram 11.237 focos ativos de incêndio registrados até essa terça-feira, já superando a marca de todo o ano de 2022, que registrou 9.820 focos ativos de queimadas.
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