Há dez anos, a missão Rosetta da Agência Espacial Europeia (ESA) fez história ao alcançar o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, transformando nosso entendimento sobre esses objetos celestes e oferecendo insights valiosos sobre o Sistema Solar. Esta missão marcou um antes e depois na exploração espacial, destacando-se como uma das mais ambiciosas já realizadas.
A Rosetta foi a primeira nave a acompanhar de perto um cometa em sua trajetória rumo ao Sol, observando as mudanças à medida que ele se aproximava do calor solar. Contudo, a maior conquista foi o módulo Philae, que realizou a primeira aterrissagem em um cometa, coletando amostras e capturando imagens da superfície, além de realizar várias medições cruciais.
Os dados obtidos têm sido estudados por cientistas desde então, resultando em descobertas contínuas que continuam a surpreender. A missão forneceu lições valiosas que aprimoram as futuras explorações espaciais.
Após uma viagem de dez anos pelo espaço, a Rosetta alcançou o cometa em agosto de 2014, surpreendendo os cientistas, muitos dos quais estavam de férias. A câmara Osiris a bordo da Rosetta revelou que o cometa possuía dois lóbulos em vez da esperada forma de batata, o que tornou o planejamento da aterrissagem do Philae um desafio emocionante, segundo Claire Vallat, responsável pelo planejamento da missão científica.
Os cientistas ficaram fascinados ao descobrir terrenos complexos e formas de relevo intricadas. A expectativa para esses dados remontava há 30 anos, desde a missão Giotto da ESA, que explorou os cometas Halley e Grigg-Skjellerup em 1985. A Rosetta, portanto, não apenas cumpriu suas promessas, mas também abriu novas possibilidades e objetivos para a exploração espacial futura.