O governador de São Paulo, João Dória Júnior, e o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, anunciaram na manhã desta sexta-feira a primeira vacina brasileira contra a Covid-19, a ButanVac.
O imunizante foi produzido inteiramente por cientistas do instituto paulista. Todas as fases em laboratório já foram feitas e agora será pedida à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a autorização para a testagem em humanos. O pedido será feito ainda hoje.
O governador João Dória disse que “os resultados dos testes pré-clínicos se mostraram extremamente promissores, o que nos permite evoluir para os testes em voluntários já agora, no próximo mês de abril, desde que a Anvisa autorize”. “Essa é uma dose de esperança para o Brasil“, completou.
A vacina também será protocolada ainda hoje na OMS (Organização Mundial da Saúde). Assim, a organização poderá acompanhar a produção atendendo as normas internacionais.
No entanto, não foram especificados o que seriam os “resultados excelentes” mencionados por Doria e Covas na entrevista concedida. O instituto afirmou que realizou os primeiros testes em animais com a ajuda de laboratórios indianos. Além disso, por ainda não ter sido testada em humanos, o número de doses necessárias para a imunização é desconhecido.
A ButanVac começou a ser pesquisada em março de 2020. Dimas Covas disse que pretende “dialogar intensamente” com a Anvisa para que os testes sejam iniciados em abril. Para isso, ele acredita que a agência veja a necessidade de rapidez para a aprovação dos testes clínicos em humanos.
A expectativa é encerrar todos os testes e ter 40 milhões de doses da ButanVac até o final de 2021. Além disso, o instituto estuda ainda o desenvolvimento de outras duas vacinas contra a Covid. Sobre o soro que foi autorizado ontem pela Anvisa, ele também está sendo desenvolvido por estes cientistas.