Os impactos da pandemia de covid-19 na saúde ainda estão sendo estudados, mas um novo estudo, realizado por Cientistas da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, pode contribuir para entender melhor esses impactos.
De acordo com o estudo, o isolamento pandêmico teve influência sobre o processo de envelhecimento do cérebro de adolescentes, apesar de as mudanças na estrutura cerebral decorrentes do envelhecimento serem naturais, os resultados da pesquisa apontam que esse processo foi acelerado durante a pandemia.
Foram analisados exames de ressonância magnética do cérebro de 128 adolescentes durante o primeiro ano da pandemia, o que ajudou a identificar o envelhecimento acelerado da amígdala e hipocampo, partes do cérebro responsáveis pela regulação do estresse, medo, memórias e algumas emoções.
Esse envelhecimento foi identificado com sendo de cerca de 3 anos e pode ser o principal causador de outro problema identificado pelo estudo, sintomas de depressão e ansiedade no grupo.
Também foram analisados exames de um grupo de 163 crianças, não sendo possível identificar os mesmos resultados, indicando que a aceleração do desenvolvimento cerebral ocorreu mais intensamente em jovens.
As consequências a longo prazo na saúde dos adolescentes ainda precisa ser estudada, além de identificar se as mudanças são permanentes, no entanto, há preocupação pois as mesmas alterações só ocorrem comumente em jovens que passam por problemas como disfunção familiar e violências, além de estarem relacionados a dificuldades na saúde mental.