O Brasil ficou entre os últimos colocados em um ranking internacional de leitura que avaliou o desempenho de estudantes do quarto ano do ensino fundamental.
Na primeira participação no exame, o Brasil ficou atrás de países como Azerbaijão, Uzbequistão e Kosovo, mas a frente de Irã, Jordânia, Egito e África do Sul. Aparecem no topo da lista Singapura, Irlanda e Hong Kong.
Nesta edição, o estudo avaliou mais de 400 mil estudantes de 13 mil escolas. No Brasil, participaram quase cinco mil alunos de 187 escolas.
A avaliação apontou que, aproximadamente, 38% dos estudantes brasileiros não dominam as habilidades básicas de leitura, como saber recuperar e reproduzir um pedaço de informação explicitamente declarada no texto.
A doutora em educação, fundadora do Instituto Ler+, Sandra Puliezi, diz que o Brasil vive uma situação ruim na educação e que é preciso melhorar a formação de professores, a elaboração de currículos e a qualidade dos materiais didáticos.
O relatório destaca que no Brasil nem todas as crianças têm acesso às melhores oportunidades educacionais.
O diretor-fundador do Iede, Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional, Ernesto Martins Faria, destaca a importância da equidade para a educação.
O estudo mostra ainda que os estudantes com baixa proficiência no primeiro ciclo possuem mais chances de repetir o baixo desempenho ao longo de sua trajetória educacional, em todas as áreas do conhecimento.