O endividamento das famílias brasileiras aumentou em novembro do último ano, segundo os dados divulgados pelo Banco Central. O levantamento mostra que as dívidas atingiram 51% da renda das famílias nos 12 meses anteriores.
Os números mostram que novembro bateu o recorde, que pertencia ao mês anterior, quando recorde anterior, quando as dívidas comprometeram 49,81% dos ganhos. A série histórica começou em janeiro de 2015. Fazem parte deste levantamento todas as dívidas com bancos, incluindo as de financiamento imobiliário.
Antes da pandemia, esse indicador era de 45,19%. O menor valor registrado foi na primeira vez que ele foi apurado, em janeiro de 2005 (18,42%). A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) elaborou estudo sobre o comportamento do endividamento dos brasileiros em 2020. O levantamento mostra que a média de famílias endividadas no ano passado cresceu 2,8 pontos porcentuais, quando comparado a 2019, alcançando 66,5%. Trata-se do maior resultado anual da série, iniciada em 2010. Apesar de ter alcançado a máxima histórica, a variação do indicador em 2020 foi menor do que a registrada em 2019 (+3,3 pontos porcentuais).
Além disso, o estudo da CNC também apontou crescimento de 1,5 ponto porcentual na proporção de famílias com contas ou dívidas em atraso, alcançando 25,5%. Este indicador chegou a começar 2020 com números melhores do que os de 2019.