Por causa do distanciamento social imposto pela pandemia, o critério “proximidade do trabalho” não é mais tão importante na busca pelo lar doce lar, revela especialista em mercado imobiliário.
Uma pesquisa encomendada por um aplicativo de compra, venda e aluguel de imóveis ao instituto Offerwise revela que a pandemia trouxe algumas mudanças significativas no comportamento das famílias em relação ao quesito “morar”.
Segundo o estudo, 16,5% dos brasileiros decidiram se mudar durante a pandemia. “Porém, se nos primeiros meses de isolamento social e distanciamento físico as casas nas regiões metropolitanas tiveram uma grande procura, agora a questão é encontrar uma casa maior, ainda que dentro das grandes cidades”. É o que constata o especialista em mercado imobiliário e CEO do Grupo Escodelar, Rafael Scodelario.
Para o especialista, com a vida profissional e a acadêmica concentradas em casa, “agora as pessoas nutrem o desejo ou a necessidade de um ambiente que tenha mais espaço e conforto para desempenhar essas atividades”. Para atender a essas expectativas, o empresário tem observado que “se no início da pandemia as pessoas queriam algo mais distante dos pólos, agora o desejo é encontrar imóveis mais antigos, pois a maioria deles foi construída em um tamanho bem maior do que é oferecido pelas construtoras atualmente. Além disso, com a pandemia, as pessoas foram obrigadas a passar mais tempo em casa e isso demanda uma boa dose de conforto para toda a família. Então, o desejo de muita gente foi buscar uma propriedade maior que atenda toda a família”, acrescenta
Scodelario lembra que o mercado está mais atrativo atualmente para quem deseja investir em imóveis: “Soma-se a isso as facilidades que o governo oferece para quem deseja essa mudança. Lembrando que, com as taxas mais baixas e incentivos mais acessíveis, as pessoas perceberam que o momento se tornou propício para investir em imóveis”, completa.