A taxa de desemprego no país, entre os meses de abril e junho deste ano, caiu 0,6% em relação ao trimestre anterior e ficou em 14,1%. Mas, apesar da queda, o país ainda soma 14,4 milhões de pessoas na fila em busca de um trabalho. No mesmo trimestre do ano passado, o desemprego atingia 13,3% da população. Os dados são da Pnad Contínua, divulgada nesta terça-feira pelo IBGE.
A pesquisa aponta que o recuo na taxa de desemprego foi influenciado pelo aumento de 2,5% no número de pessoas ocupadas. Agora são 87,8 milhões de pessoas trabalhando, mas o número ainda não significa que metade da população em idade para trabalhar está ocupada. São 49,6%.
A analista da pesquisa Adriana Beringuy destaca que, no segundo trimestre de 2021, a ocupação cresceu também no emprego formal, com a carteira assinada, enquanto no trimestre anterior, o movimento atingia apenas o trabalho por conta própria e o sem carteira assinada.
E foi neste segundo trimestre que o trabalho por conta própria atingiu o patamar recorde de 24,8 milhões de pessoas, um crescimento de 4,2% na comparação com o trimestre anterior. Em um ano, segundo a pesquisa, o número de pessoas trabalhando por conta própria avançou 14,7%.
Adriana observa que o aumento da ocupação no segundo trimestre foi gerado, principalmente, por atividades relacionadas à alojamento e alimentação, que incluem restaurantes e hotéis, e tiveram o primeiro crescimento depois de quatro trimestres de quedas.
Adriana Beringuy salienta que esse avanço não faz a atividade voltar ao patamar pré-pandemia, mas que é um movimento de leve recuperação, depois de registrar a segunda maior perda de trabalhadores em 2020, atrás do serviço doméstico.
A pesquisa mostra, ainda, que os trabalhadores informais, que incluem aqueles sem carteira assinada, sem CNPJ ou trabalhadores sem remuneração, somaram 35,6 milhões de pessoas, cinco milhões a mais em relação ao mesmo período do ano passado.
Fonte: Agência Brasil