O ano foi marcado por investimento da ordem de R$ 4 bilhões, com destaque para projetos de geração eólica e implantação de linhas de transmissão
A ENGIE Brasil Energia registrou receita operacional líquida de R$ 12,259 bilhões no ano de 2020, resultado 25% (R$ 2,454 bilhões) acima do apurado em 2019. O Ebitda atingiu R$ 6,484 bilhões, alta de 25,7% (R$ 1,326 bilhão) em comparação ao ano anterior. Já o lucro líquido foi de R$ 2,797 bilhões em 2020, montante 21% (R$ 486,2 milhões) superior ao alcançado em 2019.
Dentre os fatores que colaboraram para a evolução do resultado da Companhia em 2020, destacam-se a estratégia de gestão comercial e de portfólio, o crescimento orgânico através da Usina Termelétrica Pampa Sul e do Conjunto Eólico Umburanas, os efeitos da repactuação do risco hidrológico, responsável por R$ 967,7 milhões no quarto trimestre de 2020, além da contribuição da Transportadora Associada de Gás (TAG) e do segmento de transmissão. “Essa performance, mesmo diante dos efeitos da pandemia Covid-19, confirma a solidez financeira da Companhia”, menciona Marcelo Malta, Diretor Financeiro da ENGIE Brasil Energia.
Outro elemento relevante no resultado foram os custos operacionais, que se mantiveram estáveis mesmo com a entrada em operação de novos ativos. Além disso, as despesas financeiras tiveram um crescimento de R$ 783,1 milhões (57,8%), resultado principalmente do impacto da alta do IGPM sobre a correção das concessões a pagar e do aumento dos juros e correção monetária. É importante realçar que essa despesa é econômica, não gerando qualquer impacto no caixa da Companhia em 2020 e que os efeitos com a ascensão do IGPM serão recuperados ao longo dos próximos anos via reajuste dos contratos de venda de energia e de transporte de gás atrelados ao mesmo índice.
Em 2020, desconsiderando-se as paradas programadas, as usinas operadas pela ENGIE Brasil Energia atingiram índice de disponibilidade de 96,4%, sendo 99,7% nas usinas hidrelétricas, 76,9% nas termelétricas e 93,5% nas usinas de fontes complementares — PCH’s, biomassas, eólicas e fotovoltaicas. “Em meio à pandemia, nossos esforços se centraram em assegurar a oferta de energia – essencial à sociedade – e, ao mesmo tempo, proteger as pessoas, garantindo a saúde integral de nossos times e o apoio às comunidades nas quais a Companhia está inserida”, destaca o Diretor-Presidente e de Relações com Investidores da Companhia, Eduardo Sattamini.
Foi essa consistência em seus resultados em meio aos desafios do ano de 2020 que possibilitou que o Conselho de Administração aprovasse a proposta de distribuição de dividendos complementares no montante de R$ 609,6 milhões (R$ 0,7471/ação), a ser ratificada pela Assembleia Geral Ordinária. O total de proventos relativos a 2020 atingiu R$ 2.016,8 milhões (R$ 2,4717/ação), equivalente a 100% do lucro líquido ajustado (desconsiderando a repactuação do risco hidrológico).
Investimentos com foco em energia renovável e linhas de transmissão
Os desafios gerados pela Covid-19 não impediram a Companhia de manter seus projetos em andamento. Os investimentos da ENGIE Brasil Energia somaram R$ 4,013 bilhões em 2020, dos quais R$ 655,8 milhões foram destinados à aquisição de participações societárias: R$ 328,6 milhões na compra de 100% da participação societária na Novo Estado Energia S.A, linha de transmissão entre o Pará e Tocantins, e R$ 327,2 milhões na aquisição de 3,25% de participação na TAG.
“Estamos ativos em vários elos da cadeia de valor do setor elétrico, participando do desenvolvimento de sistemas de transmissão e ampliando a nossa geração, iniciativas que permitirão o abastecimento equilibrado no território nacional, contribuindo para o desenvolvimento de várias regiões do país e cooperando para uma retomada positiva da economia” comenta Eduardo.
Para a construção de novos projetos, foram aplicados R$ 3,2 bilhões, com destaque para R$ 1,2 bilhão para a linha de transmissão Novo Estado, R$ 972,9 milhões no Conjunto Eólico Campo Largo II, na Bahia, e R$ 859,9 milhões na Sistema de Transmissão Gralha Azul, no Paraná. Mesmo com a crise econômica e a pandemia da Covid-19, os três projetos estão previstos para entrar em operação em 2021. “Com recursos assegurados junto ao mercado, fruto de nossa disciplina financeira e consistente entrega de resultados, conseguimos avançar com os planos de investimentos desenhados para 2020, mantendo a expectativa de entrada em operação comercial dos projetos e nossos compromissos com os investidores”, ressalta Sattamini.
A ENGIE também vai iniciar as obras de implantação do Complexo Eólico Santo Agostinho, no Rio Grande do Norte. Em 15 de janeiro de 2021, foi assinado contrato com a Siemens Gamesa para o fornecimento dos aerogeradores. O projeto vai contar com investimento de cerca de R$ 2,2 bilhões e 434 MW de capacidade instalada, com geração dedicada ao Mercado Livre de Energia.
Em janeiro de 2021, ocorreu ainda o início gradual da operação em teste das unidades geradoras pertencentes ao Conjunto Eólico Campo Largo II, na Bahia. Além disso, durante o quarto trimestre do ano, o Centro de Operações da Geração (COG) iniciou a operação remota assistida da Usina Hidrelétrica Machadinho, localizada no rio Pelotas, no município de Piratuba (SC), totalizando 48 usinas (5.468 MW) operadas a partir do COG.
“A aceleração da transição para uma economia neutra em carbono é uma das diretrizes fundamentais da estratégia global de negócios da ENGIE. Assumimos um papel decisivo de possibilitadores desta transformação ao direcionar os nossos investimentos em geração de energia a partir de fontes renováveis”, diz Sattamini. “Desta forma, fomos também capazes de inovar em produtos e serviços, oferecendo alternativas para apoiar nossos clientes em suas trajetórias de redução de emissões e desenhando caminhos mais rápidos para a descarbonização”, diz Sattamini.
Outros destaques de 2020
A ENGIE e a Natura firmaram uma parceria para aquisição de créditos de carbono da Unidade de Cogeração Lages, para compensar a emissão de 100 mil toneladas de CO2 da empresa, relativas ao seu inventário de 2019. Outras importantes negociações aconteceram em 2020 pautadas na tendência de mobilização do setor privado para uma economia de baixo carbono.
Integrante do Índice de Sustentabilidade (ISE) da B3 desde sua criação há 16 anos, a ENGIE foi também selecionada para compor a nova carteira do Índice Carbono Eficiente – ICO2 B3, com vigência de 4 de janeiro a 30 de abril de 2021, sendo rebalanceada a cada quatro meses, seguindo as atualizações do IBrX 100. A participação reafirma o compromisso histórico da empresa com os mais altos padrões de sustentabilidade e governança.
No âmbito social, a ENGIE destaca seu profundo comprometimento com projetos incentivados e programas próprios de empoderamento social, entre eles o “Mulheres do Nosso Bairro”, uma iniciativa que visa apoiar mulheres na geração de renda, compartilhamento de conhecimentos e rede de apoio à saúde. No quarto trimestre, foram conhecidos os projetos vencedores do 1º edital do Programa, que distribuiu ao todo R$ 500 mil para 28 empreendedoras que atuam nas comunidades do entorno das operações da empresa em todo o Brasil.
O suporte à crise sanitária provocada pelo coronavírus foi outro foco de esforços da Companhia, totalizando mais de R$ 7 milhões destinados ao enfrentamento da pandemia. Parte desses recursos foi proveniente da Campanha de Solidariedade, que contou com altos índices de participação dos colaboradores da empresa, reforçando o engajamento comunitário como traço fundamental da cultura da ENGIE. “Levamos modelos diferentes de apoio às comunidades onde temos operações, isso porque as necessidades de cada local são também diversas. A crise sanitária exigiu priorizar o auxílio imediato aos mais vulneráveis e, também, a assistência emergencial a instituições de saúde para possibilitar a melhoria das condições de atendimento à população”, disse Sattamini.
Sobre a ENGIE
A ENGIE é referência mundial em energia e serviços de baixo carbono. Nosso propósito é agir para a aceleração da transição para um mundo neutro em carbono, através de energia renovável e de soluções mais sustentáveis, conciliando performance com um impacto positivo sobre as pessoas e o planeta. A ENGIE se apoia nas suas atividades chave (gás, energia renovável e serviços) para oferecer soluções competitivas aos nossos clientes. Com nossos 170 mil colaboradores, clientes, parceiros e stakeholders, somos uma comunidade de Construtores Imaginativos, comprometidos a cada dia com um progresso mais harmonioso.
No Brasil, a ENGIE é a maior empresa privada de energia do País, atuando em geração, comercialização e transmissão de energia elétrica, transporte de gás e soluções energéticas. Com capacidade instalada própria de 10.430MW em 61 usinas, o que representa cerca de 6% da capacidade nacional, a empresa possui quase 90% de sua capacidade instalada proveniente de fontes renováveis e com baixas emissões de GEE, como usinas hidrelétricas, eólicas, solares e biomassa. Além disso, a ENGIE é a maior comercializador de energia para consumidores livres.
A ENGIE é também a detentora da mais extensa malha de transporte de gás natural do país, com 4.500 km, que atravessam 10 estados e 191 municípios, graças à aquisição da TAG, concluída em 2020.
A empresa possui ainda um portfólio completo em soluções integradas responsáveis por reduzir custos e melhorar infraestruturas para empresas e cidades, como eficiência energética, monitoramento e gestão de energia. Contando com 3 mil colaboradores, a ENGIE teve no país em 2019 um faturamento de R$ 10,5 bilhões.
A ENGIE está presente na B3 por meio de sua empresa de geração e comercialização de energia cujo ticker é o EGIE3. Na B3, a ENGIE integra o Novo Mercado, além de ser uma das únicas companhias listadas no Índice de Sustentabilidade Empresarial desde o início do ISE, em 2005. Em 2021, a B3 incluiu os papeis da ENGIE no Índice Carbono Eficiente (ICO2). O ICO2 é composto pelas ações das empresas participantes do IBrX 100 que possuem maior transparência em relação ao reporte das emissões dos gases do efeito estufa.
Já o Grupo é negociado nas bolsas de Paris e Bruxelas (ENGI), sendo representado nos principais índices financeiros (CAC 40, DJ Euro Stoxx 50, Euronext 100, FTSE Eurotop 100, MSCI Europe) e índices não-financeiros (DJSI World, DJSI Europe e Euronext Vigeo Eiris – World 120, Eurozone 120, Europe 120, France 20, CAC 40 Governance).