IBM e Instituto Ayrton Senna unem-se em projeto para o desenvolvimento socioemocional de alunos da rede pública do Brasil

Voluntários da IBM e a equipe do IAS desenvolveram uma solução totalmente digital e nativa na nuvem, para substituir o processo manual de digitalização e atualização dos resultados dos questionários que avaliam as competências socioemocionais dos alunos. – Foto: Divulgação

A IBM e o Instituto Ayrton Senna anunciam um projeto para a aplicação de novas tecnologias com o objetivo de ajudar a desenvolver habilidades socioemocionais dos alunos da rede pública de ensino no Brasil, monitorando competências e planejando ações pedagógicas para o desenvolvimento dos estudantes.

Um mundo digital em constante evolução pede um modelo de educação e formação dos estudantes que vá além do modelo tradicional de alfabetização, até as competências socioemocionais. Segundo o relatório sobre o Futuro dos Empregos 2020 do World Economic Forum, a inteligência emocional é uma das 5 maiores habilidades emergentes mais demandadas no Brasil, tornando-se uma das habilidades mais necessárias do século 21 a todos os estudantes.

“O Instituto Ayrton Senna sempre trabalha para que os conhecimentos cheguem ao maior número possível de gestores, professores, crianças e jovens. Com esta parceria, conseguimos ampliar ainda mais nosso alcance, impactando a vida de estudantes e educadores com acesso a soluções inovadoras e que dão oportunidade de desenvolvimento pleno”, afirma Ewerton Fulini, Vice-Presidente Corporativo do Instituto Ayrton Senna.

O Instituto Ayrton Senna criou uma metodologia de monitoramento de habilidades socioemocionais com base em referências de diversas abordagens científicas e experiências educacionais, voltada para alunos da rede pública de ensino e, desde 2014, aplica um questionário para avaliá-los em aspectos como autogestão, engajamento com os outros, amabilidade, resiliência emocional e abertura ao novo, com objetivo de obter insights e resultados que são utilizados por educadores e instituições de ensino para conhecerem o potencial e os desafios de suas turmas e assim planejar ações pedagógicas para o desenvolvimento pleno dos estudantes.

Um time de desenvolvedores e líderes voluntários da IBM trabalhou lado a lado da equipe do Instituto Ayrton Senna para desenvolver uma prova de conceito de uma solução totalmente digital e nativa na nuvem, para substituir o processo manual de digitalização e atualização dos resultados dos questionários que avaliam as competências socioemocionais dos alunos. Cinco voluntários da IBM investiram 1.500 horas ao longo de um ano e meio, estabelecendo os processos e tecnologias para acelerar o modelo manual que anteriormente levava muitas horas, reduzindo-o a apenas alguns minutos.

A solução foi implementada e agora está disponível para que o IAS e os seus parceiros possam coletar, gerenciar e analisar os dados. O aplicativo tornou possível a leitura das folhas dos questionários respondidos pelos alunos por meio de uma foto tirada em qualquer dispositivo móvel, para identificar as respostas de forma automática e atualizar o banco de dados do Instituto em tempo real, permitindo que tanto o Instituto quanto as instituições de ensino possam analisar o nível dos alunos nas diferentes competências socioemocionais, e assim, desenvolver ações e estratégias pedagógicas para endereçar o desenvolvimento daquelas que necessitam de mais atenção.

Segundo Ricardo Gazoli, Gerente Geral da unidade de Global Technology Services da IBM para a América Latina, que atua diretamente com o Instituto desde 2019, “sempre admiramos o trabalho do Instituto Ayrton Senna, pois temos uma visão em comum de que a educação é um fator chave para transformar a vida das pessoas. Desenvolver as competências socioemocionais é uma necessidade cada vez mais importante no mundo corporativo, que exige um alto nível de adaptabilidade por parte dos profissionais frente às rápidas mudanças do mercado e às novas tecnologias. Quando soubemos da complexidade de estruturar todas as informações dos questionários respondidos por milhares de estudantes, vimos uma oportunidade de trabalhar em conjunto dentro da iniciativa, agregando experts em tecnologia para transformar esse processo por completo e torná-lo mais simples, mais rápido e efetivo”.

As primeiras experiências de aplicação realizadas nas escolas reabertas neste ano foram muito positivas, com participação de aproximadamente 90 alunos de escolas de Teresina, no Piauí, onde professores que rodaram as avaliações elogiaram muito a velocidade e agilidade na geração dos resultados.

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