Quem está em busca de uma oportunidade no mercado enfrenta diversos desafios. Para muitos, eles já começam na hora de produzir um CV. A fim de entender melhor o assunto, o Nube – Núcleo Brasileiro de Estágios, perguntou aos jovens: “qual o maior erro em um currículo?”. A pesquisa foi realizada entre os dias 25 de janeiro e 5 de fevereiro de 2021, com a participação de 40.044 pessoas de 15 a 29 anos. A maioria dos pesquisados considera mais grave os deslizes gramaticais. Quase a metade (49,21% ou 19.707) dos respondentes disse: “falhas de português”.
Na visão de Everton Santos, analista de treinamento do Nube, demonstrar cuidado na escrita é um item avaliativo na análise do arquivo, portanto, vale manter o zelo nas informações registradas. “Dê preferência em utilizar uma ferramenta de texto como o Microsoft Word ou Google Docs, pois elam indicam possíveis erros ortográficos. Se possível, solicite uma revisão para pessoas de sua confiança, assim, cresce a possibilidade de enviar um documento sem falhas e objetivo”, afirma. Outros 30,31% (12.139) colocaram: “não valorizar suas qualidades e habilidades”.
De acordo com o especialista, essas características podem ser validadas pelas experiências e projetos. “Descreva-as de maneira estratégica por meio de vivências e resultados obtidos nas atividades. Apenas mencionar o fato de possuir determinada competência não é suficiente”, orienta. Já 17,33% (6.939) afirmaram: “escrever seus contatos pessoais errados”.
Como lembra o analista, os recrutadores têm pouco tempo para o fechamento de uma vaga, por isso, precisam contatar os candidatos com perfil condizente com a oportunidade o mais rápido possível. “Para tanto, é imprescindível telefone e e-mail, assim como outros dados de contato estarem atualizados. Demais questões também precisam ser consideradas na seleção, como quantidade de beneficiários, transporte e dados cadastrais”, pontua. Por fim, 3,14% (1.259) acreditam: “esquecer de citar sua escolaridade”.
De acordo com Santos, “referências como essa, bem como as titulações, vivências corporativas, certificações, objetivos e dados pessoais são necessárias para aumentar as chances de ser selecionado para um recrutamento. Elas precisam ser claras e objetivas. Assim, o entrevistador consegue traçar um panorama de suas qualificações”, recomenda. O profissional deixa ainda algumas dicas para auxiliar os jovens. “O currículo é o seu cartão de visita. Portanto, dedique um tempo para elaborá-lo. Separar os certificados dos cursos realizados, ter bem explicadas as experiências anteriores e manter o documento atualizado são estratégias importantes”, indica. Ele ainda alerta: o objetivo do texto é informar suas competências. Portanto, é preciso alinhá-lo às áreas de interesse e deixar evidente para o selecionador suas formações e vivências. “Isso aumenta as chances de ser chamado para uma seleção. Cuide para o currículo não ficar grande demais. Deve ser preciso e de acordo às vagas às quais você se candidata”, finaliza Santos.