Uma campanha nos meios de comunicação vai tirar dúvidas e combater a desinformação sobre a segurança das urnas eletrônicas. A ação foi anunciada nessa sexta-feira (14) pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso. Esta semana faz 25 anos que as eleições começaram ser digitais no país.
O presidente do TSE disse que existe muita confusão e algumas pessoas acabam defendendo a volta do voto em papel. Uma Proposta de Emenda à Constituição sobre voto impresso está em discussão na Câmara dos Deputados.
Barroso afirmou que a Justiça Eleitoral vai respeitar a decisão dos parlamentares, desde que seja constitucional.
Em setembro do ano passado, o Supremo Tribunal Federal considerou inconstitucional o voto em papel. Isso porque até hoje nenhum modelo de votação manual se mostrou eficiente para evitar fraudes. Por outro lado, nesses 25 anos, nunca ocorreu violação do sistema de urnas eletrônicas.
Luís Roberto Barroso destacou o que mudaria com o voto impresso.
O presidente do TSE lembrou que, nos Estados Unidos, a eleição é em cédulas de papel e, no ano passado, até o então presidente Donald Trump entrou com 50 ações na Justiça, alegando fraude. Todas foram rejeitadas por falta de provas.
Barroso explicou que as urnas brasileiras têm 30 camadas de segurança e são submetidas a testes a cada dois anos. Ele acrescentou que o sistema é auditável a qualquer momento e, para aumentar a transparência, o TSE vai criar uma comissão externa de acompanhamento.
Essa comissão deve ser criada nas próximas semanas. Luís Roberto Barroso conta com o grupo para acompanhar, já no segundo semestre, os preparativos para a eleição do ano que vem.
Fonte: Agência Brasil