A Globo News exibiu no início da noite da última segunda-feira uma reportagem falando do aumento no número de “civis” mortos em confronto com as polícias militares no ano passado. Trata-se claramente do uso de uma narrativa e de um vocabulário enganadores para reforçar a tese mentirosa de que existe uma cultura de violência policial no país. A reportagem incluiu, como sempre, uma entrevista com um suposto especialista para falar da necessidade de mudar essa alegada cultura da violência policial.
É óbvio que quem entra em confronto com polícia não são civis, no sentido usual da palavra, usada para designar pessoas comuns e de bem. Quem entra em confronto com a polícia é o bandido e o criminoso. Ao chamar bandido de civil, a emissora expressa seu alinhamento com a agenda ideológica da esquerda. Uma agenda que defende e protege bandidos e criminosos, a ponto de não chamá-los pelos nomes que os designam, e que condena e demoniza as polícias.
A insistência no uso recorrente da expressão violência policial por parte da imprensa presta-se unicamente para ocultar o traço distintivo da criminalidade no país: a violência dos bandidos. Uma violência que resulta na morte de mais de cinquenta mil pessoas inocentes por ano, e que também faz do Brasil o país onde mais se mata policiais no mundo inteiro.
Sabemos que a grande imprensa é desonesta e mentirosa. Mas em nenhuma área ela mente e distorce os fatos com tantos requintes de desonestidade intelectual quanto nos assuntos de segurança, para fazer guerra cultural contra as polícias e vitimizar criminosos, além de ignorar a figura da real vítima. Não é difícil constatar, portanto, que bandidos e criminosos têm na grande imprensa, assim como no meio acadêmico, seus principais aliados no país.