A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou a legislação que visa acabar com a discriminação contra o cabelo natural nos ambientes profissionais e escolares. O texto, entretanto, ainda precisa ser aprovado pelo Senado, mas já representa mais uma vitória na luta contra o racismo.
Joe Biden, presidente da potência norte-americana, pediu aos parlamentares que aprovassem rapidamente a lei. Caso ela passe pelo Senado, a discriminação capilar será tratada como discriminação racial ou poderá se encaixar como origem nacional sob a lei federal de direitos civis.
A necessidade do projeto surge a partir de inúmeros relatos de americanos negros, muitas vezes tratados injustamente no trabalho e nas escolas por causa de seus cabelos naturais ou pelo uso de tranças e outros estilos derivados da cultura africana.
De acordo com a Coalizão CROWN (sigla em inglês para: Creating a Respectful and Open World for Natural Hair – ou “Criando um mundo respeitoso e aberto para cabelos naturais”, em português), um terço das crianças negras em escolas de maioria branca já sofreu discriminação por causa de seus cabelos.
Até o presente momento, mais de uma dúzia de estados norte-americanos já aprovaram leis semelhantes destinadas a acabar com essa forma de discriminação.