O presidente Jair Bolsonaro irá anunciar oficialmente nesta terça-feira o nome do médico Marcelo Queiroga como o ministro da Saúde. Atualmente presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), ele aceitou o convite nesta segunda-feira para substituir o general Eduardo Pazuello e será o quarto ocupante deste cargo na gestão do presidente.
Dr. Queiroga ficou cerca de três horas reunido com o presidente no Palácio do Planalto. Após a reunião, o presidente deu entrevista ao site R7 falando que “já conhecia o médico” e ele “é um profissional qualificado”.
Paraibano, Marcelo Queiroga, é um nome nome muito respeitado no meio e neste ano há havia sido convidado para integrar a direção da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Ele já havia sido cotado para o cargo após a saída de Luiz Henrique Mandetta.
No combate ao coronavírus, o novo ministro defende o distanciamento social e não acredita em tratamento precoce, dois pontos em que diverge dos bolsonaristas e do próprio presidente. Porém, Queiroga é apontado com uma personalidade ideal para construir uma política de saúde que possa funcionar contra a pandemia, sem contrariar suas convicções.
Formado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Paraíba, é especialista em cardiologia e tem doutorado em Bioética pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto/Portugal.
Atualmente, o médico é responsável pelo departamento de hemodinâmica e cardiologia intervencionista (Cardiocenter) do Hospital Alberto Urquiza Wanderley (Unimed João Pessoa) e é també cardiologista intervencionista no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, também no mesmo estado.
Já foi dirigente e presidente da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista. Além disso, Marcelo Queiroga também faz parte do Conselho Regional de Medicina do Estado da Paraíba como Conselheiro Titular.
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Assim como Ludhmila Hajjar, Marcelo Queiroga defende o isolamento social como forma de combate à pandemia. Ele também já se posicionou contrário ao “tratamento precoce” defendido por Bolsonaro à base de cloroquina, medicamento sem comprovação científica para covid-19.
De perfil técnico, Queiroga atuou na equipe de transição do governo de Michel Temer para Bolsonaro no fim de 2018. Em setembro do ano passado, encontrou-se com o presidente no Planalto e chegou a postar uma foto com ele.
Estavam no páreo para susbtituir Pazuello o deputado Dr. Luizinho (PP-RJ) e o também cardiologista José Antonio Franchini Ramires, do Incor, em São Paulo.https://player.r7.com/video/i/60383aca4b495546500005e0