Apesar do clima de festa com a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, o PT ainda aguarda com cautela os desdobramentos que virão nos próximos dias. Enquanto isso, os petistas buscam conseguir a suspeição do ex-juiz Sergio Moro, assim será possível evitar novas condenações na justiça do Distrito Federal.
Segundo alguns petistas, essa decisão pode ainda prejudicar Lula. Por que? Explica-se, seguindo a teoria deles. No caso do juiz Sérgio Moro, para que ele se livre da acusação de suspeição. Em relação à operação Lava Jato, mesmo com a anulação da condenação do ex-presidente, os demais processos continuam de pé. E o que pode acontecer?
Se os processos tiverem agilidade, Lula ainda pode ser condenado antes das eleições de 2022. Além disso, cairia por terra o argumento de que foi perseguido pelo ex-juiz, ao ser condenado também por outra seção judiciária. “Aí, esqueça candidatura”, disse um parlamentar petista.
Por outro lado, o procurador Deltan Dallagnol postou no Twitter durante a semana que os petistas temem que os ‘atos instrutórios” mantidos na íntegra por Fachin (que apenas anulou a sentença) facilitem o trabalho dos magistrados do Distrito Federal em eventual condenação. Com isso, Lula manteria os direitos políticos por menos de um ano.
Haddad
Como o jogo para torcida é o que vale por ora, a estratégia dos petistas é levá-lo de volta ao ringue contra Bolsonaro, com a legitimidade de ter recuperado os direitos políticos. O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad assim voltaria para a reserva -pelo menos na candidatura presidencial. “Neste primeiro momento, porém, os movimentos serão mais restritos com a pandemia”, disse o petista.