Possibilidade de feriadão no Rio de Janeiro foi debatida pelo governador do estado Claudio Castro (PSC), parlamentares e empresários.
A medida foi debatida no encontro do governador Claudio Castro (PSC), parlamentares e empresários nesse sábado (20), na residência oficial do palácio das Laranjeiras na Zona Sul do Rio de Janeiro. As medidas poderão ser anunciadas na segunda feira (22 de março), Eduardo Paes também pretende anunciar novas restrições para conter a pandemia no municio do Rio. A reunião terminou sem decisão sobre as novas medidas, a proposição principal seria de um superferiado prolongado entre o dia 26 de março e 4 de abril (domingo de páscoa).
De acordo com Fábio Queiróz presidente da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro, um “lockdown” estaria descartado. No seu perfil do instagram Queiróz afirma: “O governador declarou-se contra o lockdown, o setor produtivo apoiou essa declaração e ficou combinado que haverá um superferiadão entre os dias 26 de março e 4 de abril, Três feriados extras, antecipação de feriados de São Jorge, de Tiradentes e, aí sim, a cidade reduz a circulação neste período’’, “Cada setor será tratado de uma maneira diferente, isso é muito importante. Bares e restaurantes terão uma regra, hotéis, supermercados e por aí vai. A gente gostou muito da reunião. Saímos daqui a esperança de salvar vidas. “As vidas são importantes, mas que também o impacto econômico seja o menor possível”. Concluiu.
Aliado ao presidente Jair Bolsonaro, Castro é contra medidas restritivas. A proposta do governo do Estado do Rio de Janeiro são restrições sem paralisação, capacidade de público nos shoppings entre 30% e 50%, fechamento de restaurantes e bares entre 20h e 21h, funcionamento dos comércios e entre 8h e 17h, e setor de serviços de 12h as 20h, e fechamento das praias a cargo de cada município.
Em nota o governador afirma: “Toda decisão deve ser discutida e tomada diante das realidades dos mais diversos setores. Precisamos ouvir todas as necessidades e aflições do setor produtivo. A preocupação aqui é principalmente com a vida das pessoas, mas temos que preservar o emprego, dialogar e garantir o equilíbrio da sociedade. É fundamental analisar os dados diariamente para tomarmos as decisões corretas para cada momento da pandemia. E é isso que estou fazendo. Tudo com base em dados técnicos”.
Castro se diz contra lockdown e Eduardo Paes tenta convencê-lo a apoiá-lo em medidas mais restritivas. A divergência entre o Governador e Eduardo Paes são evidentes, os pontos principais de discordância foi o fechamento de setores não essenciais. Nota feita por Paes em seu Twitter logo após a reunião de sexta feira: “Terminei agora há pouco uma reunião com o governador @claudiocastroRJ sobre novas medidas para o combate ao coronavirus”, Paes às 19h29. “Chamei a atenção do governador para a necessidade de medidas com alcance metropolitano para que elas sejam de fato eficazes. Para que se tenha uma idéia, das 40 pessoas em fila de espera nesse fim de sexta-feira para leitos de UTI, somente 9 são do município do Rio. Ou seja, a cidade é o centro da oferta de vagas de leitos públicos (maior parte da prefeitura) de toda a Região Metropolitana”. “Temos clareza das vitaminas que todos precisamos para ter saúde. Uma delas é a vitamina da solidariedade e contra o negacionismo aos fatos e o que vem acontecendo em todo o País. Queremos salvar vidas. Essa é a vitamina que nos estimula. Aliás, se vier acompanhada de mais vacina, salvará ainda mais vidas”, concluiu Paes.