Você já se cansou de ajudar alguém? Se sentiu “preso” a uma obrigação que não era necessariamente sua? Pois é, muitas vezes fica difícil de entender qual o limite saudável de ajudar alguém, tanto para quem estende a mão, quanto para quem a recebe.
E segundo a psicopedagoga Aline Cavalcante até para ajudar uma criança tem limite: “Ajudar uma criança a fazer algo que ela é consegue fazer por ela mesma, prejudica o desenvolvimento e aprendizado dela.”
E Aline completa: “Muitas vezes os pais ou cuidadores tomam a frente com uma ajuda excessiva, por não querer que a criança sofra nem emocionalmente, nem fisicamente. Ensinar as crianças a tomar boas decisões, não é decidindo por elas e sim proporcionando situações em que elas precisem decidir.”
E parece que isso segue na vida adulta também, o medo de um familiar ou uma pessoa por temos apreço não conseguir resolver uma situação, pode nos gerar diversas emoções, tais como empatia, ansiedade, tristeza.
Não há dúvidas que sermos sensíveis ao outro e ter empatia é um passo muito importante de inteligência emocional. Mas será que a empatia tem limite? Será que toda vez que ajudamos alguém estamos sendo empáticos?
Identificar em que momento o excesso de ajuda inibe a autonomia de alguém, sobrecarrega e limita.
Por isso trouxemos três dicas sobre assunto:
1 – Ajudar não é fazer pelo outro
Muitas vezes o desejo de ajudar, tirar uma pessoa do desconforto, leva algumas pessoas a tomar a frente da situação e querer solucionar cada detalhe do problema. Auxiliar sim, mas lembrando que a pessoa é a protagonista precisa ter ação para aprender com a experiência e até se sair melhor em outra situação semelhante. É mais sobre unir forças do que sobre o “deixa que eu resolvo”.
2 – Abandone o controle
Cada um tem um tempo e um jeito de viver e aprender, e muitas vezes a ajuda é no fundo um pouco de controle, da dificuldade de ver alguém que você gosta viver ou ser diferente de você. Respeitar o tempo e a singularidade de cada um é reconhecer que o outro também tem capacidade de resolver as coisas, mesmo que seja de um modo diferente do seu.
3 – Respeite os limites
Se você se sente desconfortável só de ver o número da pessoa quando o telefone toca é momento de avaliar se não está passando dos seus limites saudáveis. É importante sim, pensarmos uns nos outros, mas se acha que a pessoa está acomodada e já não busca realmente sair dessa situação por se sentir segura com a sua ajuda constante talvez seja a hora de reavaliar. O cérebro cria alguns “caminhos” para experiências que já vivemos várias vezes e isso limita a criatividade e visão de possibilidades.