A sensação do momento é o cigarro eletrônico. Chamados de vapes, será que eles são mesmo inofensivos como parecem? A cientista e expert em queda capilar e saúde do couro cabeludo, Jackeline Alecrim, revela que eles podem causar queda dos cabelos, agravar quadros de calvície e desencadear outros problemas de saúde.
À primeira vista, eles parecem charmosos e inofensivos. No entanto, os vapes, aqueles cigarros eletrônicos que estão em alta (e na boca de muita gente), podem ser ainda mais danosos para a saúde do que os cigarros tradicionais, que já são grandes vilões de quem quer ter um corpo saudável.
Segundo a cientista e especialista em Cosmetologia Avançada Jackeline Alecrim, “o grande agravante dos eletrônicos é difícil especificar quais concentrações emitidas das substâncias maléficas que eles contêm, ao contrário do cigarro comum que é obrigado por lei a apontar tais concentrações”, destaca.
Impacto dos cigarros na saúde capilar
Jackeline revela que “tanto o cigarro convencional quanto os eletrônicos são potenciais causadores de diversos problemas de saúde, e nisso se incluem agravos respiratórios, circulatórios e inclusive ligados à queda de cabelo e ao agravamento de quadros de calvície”. A razão disso é a seguinte: “Estudos demonstram que fumar contribui diretamente para essa diminuição acentuada dos fios. Isto se deve ao fato de, ao longo dos anos, as substâncias tóxicas presentes no cigarro, como a nicotina, provocam a degeneração gradativa dos folículos pilosos prejudicando o aporte sanguíneo local e a oxigenação tecidual do couro cabeludo”.
“Outro detalhe que vale a pena ser lembrado é que pesquisas recentes sugerem que pessoas que fumam são duas vezes mais propensas a sofrer com a queda de cabelo”, acrescenta a cientista. Além disso, “no cigarro estão presentes mais de 4 mil substâncias prejudiciais à nossa saúde, com o potencial de afetar negativamente inclusive a pele e o cabelo”, enfatiza Jackeline.
Com relação a tão falada nicotina, ela explica que “a mesma se acumula nas paredes dos vasos, prejudicando a circulação sanguínea e impedindo que os nutrientes, hormônios e o oxigênio cheguem até os folículos pilosos (raiz do cabelo)”.
O resultado de tudo isso? “A estimativa é que cerca de 25% da microcirculação sanguínea dos fumantes fique comprometida, prejudicando a irrigação tecidual e a multiplicação das células do cabelo, alterando todo o ciclo capilar. Todas essas alterações comprometem a espessura dos fios, deixando-os opacos, ressecados e frágeis”, completa.