O Dia Internacional da Superdotação é comemorado dia 10 de agosto, a data foi estabelecida pela OMS – Organização Mundial da Saúde – e tem como objetivo chamar a atenção para pessoas com alto QI e suas especificidades.
Ter superdotação não significa estar blindado de transtornos mentais e embora a cognição mais desenvolvida proteja do adoecimento mental, algumas pessoas com alto QI, podem desenvolver transtornos psiquiátricos.
Por que algumas pessoas com superdotação fazem acompanhamento psiquiátrico?
De acordo com o psiquiatra, Dr. Flávio H. Nascimento, há uma imagem errada de pessoas com alto QI e saúde mental.
“Muitos acreditam que ser superdotado protege integralmente alguém de transtornos e que, por isso, acompanhamentos psicológicos e psiquiátricos para esse público são dispensáveis. A sensação de se sentir diferente e ser pouco compreendido nas suas necessidades básicas, gera sofrimento. Negar a si mesmo e procurar se adaptar a todos os ambientes acaba sendo uma saída mais simples”.
“Por exemplo, o aluno nota 10 da escola e que não se esforça muito para ter esse desempenho, é visto como estranho. Tirar notas mais baixas e se disfarçar no ambiente escolar é uma solução mais fácil . Na vida adulta, sofrer com a rotina e falta de desafios no trabalho,continuar disfarçando as altas habilidades é um dos caminhos adotados,principalmente para aqueles que não tem essa condição diagnosticada”.
“Para que o tratamento psiquiátrico de uma pessoa com altas habilidades seja efetivo é importante que ele seja corretamente direcionado e personalizado” Afirma.
Facilidade para tratar pacientes é reforçada pela superdotação
Segundo o psiquiatra Dr. Flávio H. Nascimento, que possui 131 pontos de QI (percentil 98), ser superdotado lhe permite tratar melhor pacientes com a mesma condição.
“Por eu também ser superdotado isto me permite ter uma perspectiva bem particular para tratar pacientes com alto QI, pois além da visão médica e técnica sobre a condição também tenho a minha própria experiência que me permite desenhar uma visão mais direcionada, personalizada e empática para o paciente”.
“Entender mais de perto as nuances de cada caso e o processo particular de cada paciente me permite uma aproximação benéfica para o tratamento, possibilitando uma maior assertividade e melhores resultados” Explica Dr. Flávio H. Nascimento.