Um estudo do Núcleo de Pesquisa Epidemiológicas de Nutrição e Saúde (NUPENS) da Universidade de São Paulo (USP), em parceira com o Imperial College London, no Reino Unido revela que comer mal na infância pode causar obesidade na vida adulta.
Além disso, a pesquisa comprova que as crianças que consomem mais alimentos ultraprocessados em comparação aquelas consumem menos tiveram uma curva de peso mais alta. Vale lembrar que essa é a primeira pesquisa que acompanhou nove mil crianças por um longo período, dos sete aos 24 anos. Ao menos quando se refere às crianças britânicas, 60% das calorias da alimentação vem de alimentos ultraprocessados.
Já no Brasil, um estudo semelhante já está em curso desde janeiro e é feito virtualmente. A meta é acompanhar 200 mil pessoas de diferentes faixas etárias e classes sociais do Brasil. O objetivo é identificar características da alimentação brasileira que aumentem ou diminuam o risco de doenças crônicas, como obesidade, diabetes e hipertensão. Para participar é preciso ter acima de 18 anos e acesso à internet. Mais informações no site nutrinetbrasil.fsp.usp.br.
Com o intuito de incentivar a alimentação saudável, a Anvisa aprovou uma resolução de rotulagem nutricional de alimentos embalados que mostra o que cada alimento contém. A norma só começa a valer em 2022 e prevê a inclusão de um rótulo frontal com tudo que se está sendo consumido.
Para o cardápio ideal, a nutricionista e pesquisadora no programa de alimentação saudável e sustentável no Idec, Lais Amaral, recomenda o consumo de alimentos in natura ou minimamente processados. É fundamental ainda que a família tenha uma alimentação baseada em frutas, verduras, legumes, carnes, pescados e leite. Produtos como açúcar, óleo, corantes, pobres em fibras e vitaminas como doces, refrigerantes, iogurtes artificiais, sorvetes, pães e salsichas devem ser evitados.