Pela primeira vez este ano, nenhum estado brasileiro registrou aumento nas taxas de incidência e de mortalidade por covid-19. A informação é da Fiocruz e se refere ao período entre 20 de junho e 03 de julho e mostra uma queda no número de novos casos e de mortes, por covid, nas últimas semanas. Mas os altos números de mortes e infectados ainda preocupam especialistas.
Segundo a Fiocruz, o panorama é positivo, mas ainda é cedo para afirmar que os dados vão seguir essa tendência de redução, porque mesmo sem aumento, é preocupante se o país mantiver o alto patamar de transmissão e mortes, estabelecido desde março, em todo o Brasil. Essa é a mesma preocupação do médico infectologista da Sociedade Brasileira de Infectologia, Wladimir Queiroz. Para ele não podemos considerar como normal ainda termos cerca de 1.500 mortes por covid por dia no país.
De acordo com o Localiza SUS, plataforma que atualiza os números relacionados à pandemia, pelo Ministério da Saúde, o Brasil registrou mais de 1.600 covid-19, nas últimas 24 horas até esta sexta-feira (09).
Os especialistas da Fiocruz atribuem a redução na taxa de mortalidade ao avanço da campanha de vacinação. Para o infectologista, Wladimir Queiroz, não há dúvidas quanto a isso. A médica da sociedade brasileira de imunizações, Flávia Bravo, afirma o mesmo, mas diz que a redução poderia ser mais intensa, se a população mantivesse os cuidados.
A médica imunologista ainda defende mais agilidade na vacinação. Os especialistas são taxativos ao afirmar que os números de mortes por covid ainda são muito altos. Por isso, destacam a importância de manter medidas como distanciamento social, limpeza das mãos e uso de máscaras adequadas, que podem ajudar a reduzir as taxas, junto com as imunizações.
Até esta sexta-feira (09), cerca de 14% da população brasileira havia se vacinado com as duas doses, ou dose única, contra o coronavírus. Desde o início da pandemia, o Brasil acumula mais de 530 mil mortes por covid-19.
Fonte: Agência Brasil