Quais os principais erros dos tratamentos faciais caseiros? Dermatologista explica

Foto Clessya Rocha (divulgação)

As máscaras faciais caseiras têm sido cada vez mais utilizadas na era do “skincare”. A dermatologista Clessya Rocha explicou alguns dos erros mais comuns, além de explicar como ser bem sucedido na hora de tratar a pele em casa. 

Conforme a médica, não saber qual o seu tipo de pele – seca, mista ou normal- e se aventurar a fazer uso da primeira receita que vê na internet é um dos erros mais comuns. “Outro erro muito comum é achar que o contrário de pele seca é pele oleosa. Quando, na verdade, o contrário de pele seca é a pele hidratada, que tem água na pele. Já o contrário de pele oleosa é a pele normal, que não produz oleosidade exagerada na pele.”

Dra Clessya contou que para além do uso de máscaras caseiras, o melhor tratamento “caseiro” é, sem dúvidas, diminuir a ingestão de carboidratos. “Este macronutriente estimula a conversão do hormônio testosterona em DHT, um andrógeno que estimula a glândula sebácea a produzir sebo. Diminuir a ingestão de carboidratos ajuda a controlar a oleosidade de maneira mais eficaz.”

A especialista também relembrou que durante a pandemia, uma das palavras mais buscadas no Google foi skincare, o que demonstra o crescimento do interesse das pessoas nesse tipo de tratamento.

“Com o isolamento, as mulheres tiveram tempo para se olhar, se observar, fazer uso dos produtos que já tinham no armário do banheiro. Eu percebi que durante o isolamento elas tiveram mais tempo para se olharem e identificarem o que não estavam gostando na face. Por isso, tão logo as clínicas foram retornando suas atividades, houve uma procura maior no consultório pelos procedimentos estéticos para sanarem os problemas que mais incomodavam.”

Sobre quando iniciar os cuidados com a pele, seja em casa ou não, a dermatologista pontuou que tudo  vai depender da queixa da pessoa. 

“Se pele oleosa ou com acne, pele desidratada não tem idade mínima. Importante é tratar a queixa do paciente. Mas se o motivo for o rejuvenescimento, deve ser a partir dos 25 anos, pois é nessa idade que há diminuição da produção de colágeno na pele”. 

Rocha também explicou um pouco sobre como cada produto age. Ela afirmou que, na nossa pele, de cima para baixo, temos a camada córnea, onde fica o manto lipídico. Em seguida fica a epiderme onde o pigmento produzido pelo melanócito é abundante. Logo abaixo da epiderme temos a derme onde está o colágeno, elastina e todos os outros constituintes da matriz extracelular que sustentam a pele. 

“Sabonete líquido vai limpar a superfície onde o manto lipídico está sobre a camada córnea, a camada mais superficial da pele. Na epiderme onde fica a melanina, atuarão os despigmentantes, clareadores da pele. Já os produtos para rejuvenescimento atuam na derme estimulando os fibroblastos a produzirem o colágeno, elastina e ácido hialurônico”, finalizou.

Sobre Clessya Rocha

Clessya Rocha é uma médica formada pela Escola Baiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP) e Dermatologista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Atualmente é professora de Dermatologia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Clessya também é Speaker em fios PDO e preenchimento com ácido hialurônico além de ser Palestrante nacional.

Registros: CRM 18982 / RQE 12458

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