Recebendo resíduos de produtos tóxicos de outros países, a África luta para evitar que se tornar também “o lixão do mundo” de resíduos plásticos, objetivo do continente na Assembleia da ONU para o Meio Ambiente que começa na segunda-feira (28), em Nairóbi. As informações são da AFP.
De Antananarivo a Dacar, passando por Nairóbi, ou Conacri, as capitais africanas são maculadas por enormes lixões a céu aberto. Neles, resíduos plásticos somam milhares de toneladas, gerando odores pestilentos, fumaça e partículas tóxicas, e tudo isso acaba colocando a saúde e vida de homens, mulheres e crianças, das camadas mais pobres da população africana, vão a esses lixões em busca de algum meio de sobrevivência, em risco.
Além disso, os resíduos plásticos também poluem oceanos e áreas rurais, ameaçando a fauna, a flora e o homem. Devido à precária coleta de resíduos e à falta de fábricas de reciclagem, “os resíduos de plástico estão aumentando na África”, informa um relatório recente do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).
Já constam em registros que cerca de 300 milhões de toneladas de resíduos plásticos são produzidos a cada ano no mundo. Deste total, 11 milhões acabam nos oceanos. Segundo a ONU, a “falta de estatísticas” para a África é “um grande obstáculo”.