A Comscore acaba de divulgar uma análise sobre o comportamento dos consumidores do setor automotivo nas plataformas digitais, a partir dos desafios trazidos pela pandemia de Covid-19. O segmento foi um dos mais impactados nos últimos anos: a partir da explosão do coronavírus em escala global em 2019 houve queda de produção e nas vendas de veículos. No Brasil, em abril de 2020, por conta das medidas para conter a doença, o volume foi praticamente paralisado.
“Essa mudança ocorreu como reflexo de um ano marcado pelo confinamento e pela baixa circulação das pessoas, que representou uma ameaça para a indústria automotiva. O impacto nas vendas físicas também afetou o comportamento nos canais digitais no início de 2020, mas nossa análise mostra que essa realidade se transformou ao longo do último ano com o consumidor migrando para o digital”, explica Eduardo Carneiro, diretor geral da Comscore.
O levantamento da Comscore aponta que, embora a categoria automotiva tenha tido uma queda no número de visitantes únicos até o mês de abril de 2020 em todos os países da América Latina, o setor conseguiu ter recuperação nos meses posteriores. Em agosto, o Brasil atingiu um total de 44,1 mil visitantes únicos.
O estudo da Comscore também aponta que, conforme o consumidor se adaptou aos canais digitais, os sites de vendas de automóveis também tiveram maior alcance ao longo do ano. O que reforça a vontade dos consumidores em se manterem informados sobre o setor. No Brasil, houve um aumento significativo (+167%) no acesso aos portais em dezembro de 2020 x dezembro de 2019.
Além disso, os brasileiros se mostraram como os que passam mais tempo na categoria automotiva, um total de 820 minutos consumidos em 2020, com predominância masculina (76,7%) nos acessos.
Outro indicador importante no estudo foi o uso dos dispositivos móveis para acessar as plataformas digitais do setor automotivo. Entre os mais de 41 mil visitantes únicos da categoria no Brasil, 86% utilizam o mobile – 78% navegam apenas pelos celulares ou tablets e outros 4% dividem a preferência com o desktop/laptop. Existe ainda uma pequena parte da audiência (14%) que prefere utilizar apenas os computadores para navegar.