O programa Artemis, da Nasa, levará a primeira pessoa negra à lua em agosto de 2023. A nova meta do programa, que busca também pousar a primeira mulher e o próximo homem no polo sul lunar, vem do governo de Joe Biden e Kamala Harris.
O governo submeteu as prioridades do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para gastos discricionários em 2022, ao Congresso na semana passada. Há um pedido de aumento de mais de 6% em relação ao ano anterior, de acordo com a Nasa.
“Este pedido de financiamento de US$ 24,7 bilhões (R$ 125,4 bilhões) demonstra o compromisso da administração Biden com a Nasa e seus parceiros que trabalharam tanto no ano passado em circunstâncias difíceis e alcançaram um sucesso sem precedentes”, disse o administrador interino da agência, Steve Jurczyk, em anúncio.
“O pedido discricionário do presidente aumenta a capacidade da Nasa de compreender melhor a Terra e monitorar e prever os impactos das mudanças climáticas. Também nos dá os recursos necessários para continuar avançando no plano de exploração espacial bipartidário dos EUA a Marte, incluindo o pouso da primeira mulher e da primeira pessoa negra na Lua sob o programa Artemis.”
O pedido de Biden para o ano fiscal de 2022 manteria a Nasa no caminho para que os humanos voltem à lua, ao mesmo tempo que se alinha com o “compromisso do presidente de buscar uma abordagem abrangente para promover a equidade para todos”, de acordo com um comunicado.
Ainda não se sabe se uma pessoa negra estará entre os dois primeiros astronautas a retornar à lua desde o programa Apollo, em 1972, “estes são momentos históricos no avanço da equidade para toda a humanidade”, disse Bhavya Lal, chefe de gabinete interina da Nasa.
“Mulheres e pessoas negras representam uma parcela significativa de contribuição de todas as facetas da força de trabalho da Nasa, e as duas últimas classes de astronautas selecionadas incluíram a maior porcentagem de mulheres na história”, disse Lal.
“50% da classe nacional de 2013 eram mulheres e 45% da classe de 2017. E hoje, os astronautas afro-americanos, asiáticos das ilhas do Pacífico, hispânicos e multirraciais são cerca de um quarto do corpo de astronautas ativo da Nasa.”
Lal disse que o anúncio é pessoalmente muito significativo para ela, que chegou nos Estados Unidos aos 18 anos, carregando duas malas cheias de livros e nunca imaginou que trabalharia na Nasa.
“Se você pode ver, pode acreditar”, disse Lal. “Muito do que a Nasa faz é inspirar a próxima geração, mas para ter sucesso nessa inspiração, temos que continuar a ser líderes quando se trata de diversidade e igualdade.”
Essa diversidade é necessária, não apenas para a capacidade de missão, mas em toda a Nasa para alimentar os grandes passos que a agência está dando para impulsionar a forma como os humanos exploram o espaço, disse ela.
Após o voo sem tripulação Artemis I em novembro, Artemis II será um sobrevoo da lua com tripulação, em agosto de 2023. Artemis III levará os astronautas, efetivamente, à lua.