A escritora e crítica cultural Heloísa Buarque de Hollanda, de 83 anos, foi eleita nesta quinta-feira (20) nova imortal da Academia Brasileira de Letras, a ABL. Ela passa a ocupar a cadeira 30, vaga desde a morte da escritora Nélida Piñon, em dezembro do ano passado.
Heloísa é considerada uma das principais vozes do feminismo brasileiro e a maior intelectual pública do país. Tem formação em Letras Clássicas pela Puc-Rio, mestrado e doutorado em Literatura Brasileira na UFRJ e pós-doutorado em Sociologia da Cultura na Universidade de Columbia, em Nova York.
Além disso, é diretora do Programa Avançado de Cultura Contemporânea da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a UFRJ, onde coordena o Laboratório de Tecnologias Sociais, do projeto Universidade das Quebradas, e o Fórum M, espaço aberto para o debate sobre a questão da mulher na universidade.
Heloísa passa a ser a 10ª mulher eleita para a ABL, com 34 votos, de 37. Pela primeira vez, a ABL usou as urnas eletrônicas, que foram emprestadas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro.
Entre os livros de destaque da autora está 26 Poetas Hoje, de 1976, que revelou uma geração de poetas “marginais” que entrou para a história da literatura brasileira. Outros livros publicados por Heloísa Buarque de Hollanda são Macunaíma, da Literatura ao Cinema e Cultura e Participação nos Anos 60.