Medo. Esse é o sentimento das 70 famílias que moram na Vila Betânia, em Belo Horizonte, considerada como área de risco para inundações. Gladson Reis é líder comunitário e morador da região. Ele contou para gente como essas pessoas têm vivido nos últimos tempos.
Junto com as famílias da Vila Betânia, outros 4 milhões de brasileiros vivem em áreas de risco de deslizamentos e inundações no país. Isso é o que aponta estudos do Serviço Geológico do Brasil (CPRM).
Desde 2012, o serviço já mapeou 1.605 municípios do Brasil e identificou cerca de 954 mil moradias em locais perigosos.
No último levantamento, de junho de 2020, foram identificadas 300 mil pessoas em situação de risco, em 17 estados. Os técnicos identificam as áreas com potencial ou histórico de ocorrências de desastres, como deslizamentos de terra, inundações, enxurradas, processos erosivos e queda de rochas.
Julio Lama, responsável pelas pesquisas do instituto, explica que os dados levantados são muito úteis para prevenir desastres e minimizar os danos.
É importante que moradores das áreas de risco sigam sempre a determinação de desocupação de residências emitida pela Defesa Civil, o que evita tragédias maiores. Outra orientação das autoridades é que esses moradores fiquem atentos a sinais como trincas no solo, na parede de casa ou no quintal, estalos em rochas, troncos de árvores ou postes começando a se inclinar e o surgimento de águas mais barrentas que o normal.
Nesses casos, a recomendação é deixar a casa, procurar um local seguro e acionar a Defesa Civil pelo telefone 199.