Infelizmente, esse mal é mais comum do que deveria. Afeta cerca de 50 milhões de brasileiros – 30% da população adulta do Brasil. Frequentemente confundido com azia, o refluxo pode virar câncer se não tratado devidamente
Sensação de azia e náusea persistente, mesmo quando você toma um antiácido; excesso de peso e má qualidade do sono; dor no tórax, muitas vezes intensa; tosse e rouquidão contínuas, mesmo sem estar resfriado; e aftas bucais recorrentes. Esses sintomas registrados de forma isolada e de vez em quando não representam o risco grave a sua saúde, mas se um ou dois desses problemas estiverem ocorrendo com certa frequência, isso pode ser um indicativo de que você está sofrendo da doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), um mal que atinge 30% da população adulta do Brasil, segundo dados da Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG).
Para ajudar as pessoas que têm registrado alguns dos sintomas citados anteriormente, a Top Med elaborou um teste de autoavaliação para quem deseja descobrir se tem a doença. É só acessar os endereços eletrônicos https://www.centroderefluxobr.com ou https://linktr.ee/centroderefluxo. A empresa é responsável pela distribuição exclusiva no Brasil do Esophyx, dispositivo médico recém-aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o tratamento do refluxo.
“O teste não tem o objetivo de substituir a consulta médica. Ao contrário, ele pode ser um alerta de que é hora de procurar o médico. Muitos pacientes ignoram os sintomas durante muito tempo, o que pode levar a agravar o problema”, diz a Simone Arins, representante em toda América Latina da Endogastric Solutions, fabricante do Esophyx.
Frequentemente confundido com episódios de azia, o refluxo quando não tratado, compromete em muito a qualidade de vida da pessoa. Afeta o sono, agrava doenças pulmonares como pneumonias, bronquites e asma, ocasiona úlcera do esôfago, causa alteração celular no esôfago, o que pode evoluir para um câncer de esôfago. Outras complicações da doença são inflamação das cordas vocais, engasgos frequentes e noturnos e dificuldades para engolir, entre outras.
O cirurgião do aparelho digestivo e membro titular da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED), Eduardo Grecco, explica que o refluxo ocorre quando o esfíncter esofágico inferior, presente na região entre o esôfago e o estômago, não funciona de maneira apropriada, fazendo com que o conteúdo estomacal, seja líquido ou sólido, volte para o esôfago, ocasionando uma série de sintomas.
“Naqueles pacientes que têm a forma crônica da doença, há episódios frequentes de dor e queimação, constantes tosses à noite, fazendo com que o indivíduo não durma direito. Então é um problema que afeta muito a qualidade de vida desses pacientes. São pacientes que não conseguem trabalhar adequadamente, ou deixam de trabalhar, começam a se privar de vários alimentos para evitar os sintomas. Portanto, é uma doença que pode interferir em todos os âmbitos da vida do paciente, seja ele familiar, social e profissional”, alerta o médico.
Alternativa
Conforme dados da Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG), do total de pacientes que sofrem de refluxo no País, 40% não têm resultados efetivos apenas com o tratamento medicamentoso e precisam apelar para um tratamento cirúrgico. O Esophyx é a nova alternativa para os brasileiros. Implantado por meio de um procedimento endoscópico, é minimamente invasivo, e pode acabar sendo um substituto à cirurgia e libertar o paciente do uso contínuo de medicamentos.
Amplamente usado nos Estados Unidos (aprovado pelo FDA em 2007) e Europa, foi autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no final de 2020. Médicos já estão passando por treinamento pela equipe técnica da americana Endogastric Solutions, fabricante do dispositivo, para começarem a utilizá-lo no final de janeiro de 2021.
“Naqueles pacientes que têm a forma crônica da doença, há episódios frequentes de dor e queimação, constantes tosses à noite, fazendo com que o indivíduo não durma direito. Então é um problema que afeta muito a qualidade de vida desses pacientes. São pacientes que não conseguem trabalhar adequadamente, ou deixam de trabalhar, começam a se privar de vários alimentos para evitar os sintomas. Portanto, é uma doença que pode interferir em todos os âmbitos da vida do paciente, seja ele familiar, social e profissional”, alerta o médico.