Psoríase: campanha promove sensibilização sobre a doença

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Estamos no Dezembro Laranja, campanha de conscientização sobre o câncer de pele, mas para além disso, o mês de dezembro também pode servir como “gancho” para se tratar sobre a sensibilização de outras doenças dermatológicas, como a psoríase. A médica dermatologista Clessya Rocha explicou sobre a doença e sobre a importância do tratamento.

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a psoríase é uma doença crônica inflamatória da pele, não contagiosa, caracterizada pela presença de manchas róseas ou avermelhadas, recobertas por escamas esbranquiçadas.
Sua causa é ainda desconhecida e embora exista uma predisposição familiar que junto com fatores ambientais ou de comportamento, causam aparecimento das lesões, não é transmissível. Atinge homens e mulheres, em qualquer idade, podendo ocorrer desde formas localizadas e discretas, até formas muito severas acometendo grande área da superfície corporal.  

Segundo a médica, a psoríase está sujeita a melhoras dos sintomas e a recaídas, relacionadas a diversos fatores: traumas (físico, químico, queimadura solar), infecções, drogas, estresse emocional, etc. Os locais mais atingidos são o couro cabeludo, cotovelos, joelhos, região entre as falanges, unhas e tronco.

Além disso, aspectos ambientais e emocionais podem funcionar como gatilho para o início de crise, que podem ser controladas com a ajuda de dermatologistas. Há inúmeras opções de tratamento (tópicos, sistêmicos, biológicos e com fototerapia) e os medicamentos podem ser fornecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Por fim, a médica lembrou que “a psoríase é uma doença de evolução crônica e não há como preveni-la, no entanto, é possível tratá-la após o diagnóstico e controlar sua reincidência”.

 O tratamento procura principalmente reduzir o número e a gravidade das lesões e vai depender das características do paciente. Os medicamentos utilizados podem ser tópicos (para passar no corpo) ou sistêmicos (devem ser ingeridos). “ Além do uso da terapia prescrita pelo dermatologista faz-se necessário que o paciente evite alimentos inflamatórios como glúten, proteína do leite, álcool, durma bem, perca peso para que seja possível controlar de maneira eficaz a doença.”

Casos leves e moderados (cerca de 80%) podem ser controlados com o uso de medicação local, hidratação da pele e exposição ao sol. “É importante salientar que qualquer tratamento deve ser feito sob rigorosa orientação médica, de forma persistente, sendo necessário, em alguns casos, suporte psicológico para uma melhor adaptação ao impacto provocado pela doença”, diz o Ministério da Saúde sobre o assunto.

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